
F1 – O Filme, dirigido por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick) e estrelado por Brad Pitt, teve sua estreia mundial em Nova York recentemente e chega aos cinemas brasileiros em 26 de junho. O longa parece ter conquistado o público com suas cenas de tirar o fôlego e personagens carismáticos, embora tenha recebido algumas críticas sobre a falta de originalidade.
A trama acompanha Sonny Hayes (Pitt), um ex-piloto de Fórmula 1 que retorna às pistas para treinar e correr ao lado do novato Joshua Pearce (Damson Idris). Com participações especiais de pilotos como Max Verstappen, Charles Leclerc e Lando Norris, o longa combina ficção e realidade — com direito a uma trilha sonora assinada por Hans Zimmer.
Lovia Gyarkye, do The Hollywood Reporter, elogia justamente esses momentos de imersão nas corridas: “Os momentos mais fortes de F1, que tem duas horas e meia de duração, são durante os fins de semana de corrida, quando Kosinski insere sua equipe fictícia entre as verdadeiras. A trilha adrenalizante de Hans Zimmer aumenta a tensão em cenas de tirar o fôlego. […] Claro que há elementos inverossímeis, mas o filme não soa menos dramático do que a realidade.”
Na mesma linha, Mae Abdulbaki, do Screenrant, aponta o poder de entretenimento da obra: “F1: O Filme é basicamente um comercial de duas horas e meia com uma história surpreendentemente envolvente. Não é nada original, mas mesmo assim fiquei fascinada por cada minuto do filme… Nos faz sentir algo.”
Por outro lado, algumas críticas são mais ácidas. Peter Bradshaw, do The Guardian, classificou o filme como “um melodrama de Fórmula 1 absurdamente cafona, mas visualmente impressionante”, e comparou sua trama com a animação Carros, da Pixar.
Já Pedro Sobreiro, do Cine Pop, elogiou muito o filme, em especial como retrata o personagem de Pitt superando barreiras e se destacando com mais 50 anos. “Para o público, principalmente as pessoas na mesma faixa etária do protagonista, é uma experiência de “alma lavada”. Em um mundo no qual o debate sobre a ‘utilidade’ de um ser humano estar diretamente ligada a sua idade, F1 vem para um combate franco contra o etarismo. E essa guerra solitária de Joseph Kosinski vem em um momento ideal, porque suas produções estão dando voz a uma geração que está envelhecendo e se sentindo sufocada, esquecida. Seus filmes são como gritos de “Ainda estou aqui! Ainda tenho valor!”. E isso é lindo. Diria até que é necessário.”
Thiago Romariz, do Omelete, finaliza dizendo que F1 é um “daqueles filmes que elevam a experiência do cinema pelo impacto sonoro, pela imersão nas imagens e pelo apelo coletivo que carrega na jornada de superação.”
“Em outras palavras, poucas e diretas, como Sonny as prefere: F1 é um filme que vale cada centavo do ingresso”, concluiu Romariz.