Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, já fez história com suas três indicações ao Oscar: Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz para Fernanda Torres e Melhor Filme, sendo esta a primeira vez em que um longa brasileiro disputa a principal categoria da premiação.
Só essas conquistas já são motivo de celebração, mas há razões para acreditar que o filme pode ir além, trazendo ao menos uma estatueta para casa. Confira alguns desses motivos:
1. A direção de Walter Salles
Walter Salles é um nome de peso na indústria cinematográfica. Ele já esteve no Oscar com Central do Brasil (1998), que concorreu como Melhor Filme Internacional e levou Fernanda Montenegro à indicação de Melhor Atriz. Embora não tenha sido indicado como Melhor Diretor neste ano, o prestígio do cineasta e sua reputação podem beneficiar Ainda Estou Aqui.
2. Apoio de uma distribuidora renomada
A Sony Pictures Classics, responsável pela distribuição internacional do filme, foi crucial para consolidar sua popularidade e impacto em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Uma distribuidora renomada como essa é um trunfo no período de premiações, garantindo que Ainda Estou Aqui chegasse aos eleitores da Academia com força por meio de uma estratégia de divulgação potente, que inclui a participação da equipe em eventos, entrevistas, aparições públicas, sessões do filme com debates para votantes da premiação, entre outros.
3. Vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro
Fernanda Torres já estava em evidência, mas sua vitória no Globo de Ouro como Melhor Atriz em Filme de Drama a destacou ainda mais. Essa conquista pode aumentar suas chances no Oscar, pois os prêmios anteriores influenciam nas votações.
4. Uma história emocionante envolvendo mãe e filha
É impossível ignorar o simbolismo da indicação de Fernanda Torres, que ocorre 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, disputar o mesmo prêmio sob a direção do mesmo cineasta. Esse detalhe carrega uma forte carga emocional, que pode impactar a decisão dos membros da Academia.
5. Recepção calorosa da crítica internacional
Além do sucesso no Brasil, Ainda Estou Aqui conquistou críticas positivas fora do país, com elogios ao roteiro, direção e às atuações.
Para o The Hollywood Reporter, o filme é “um dos melhores de Salles”, e possui “uma história poderosa da resistência de uma família desfeita”, com destaque para Fernanda Torres, que “é um modelo de contenção eloquente”. Enquanto a IndieWire afirma que o longa é “um amável filme autobiográfico” e diz que Torres é “uma das maiores atrizes do continente sul-americano”. Esse reconhecimento internacional pode ser um diferencial importante para os votantes do Oscar.
Com uma combinação de fatores como direção consagrada, distribuição estratégica, vitórias prévias e uma história cheia de significado, Ainda Estou Aqui se destaca como um forte concorrente no Oscar. Agora, resta torcer!