
Morreu nesta terça, 22, aos 76 anos, o cantor Ozzy Osbourne, um dos maiores ícones da história do rock. Conhecido como o “príncipe das trevas” e pioneiro do heavy metal, Ozzy sofria de mal de Parkinson e havia realizado seu show de despedida no último dia 5 de julho, ao lado da formação original do Black Sabbath, em Birmingham, sua cidade natal. O evento reuniu milhares de fãs no estádio e milhões pela internet.
A família anunciou a morte em um comunicado: “Ele estava com a família e cercado de amor. Pedimos respeito à nossa privacidade neste momento”.
A carreira de Ozzy começou ainda nos anos 1960, quando fundou o Black Sabbath — banda que moldou o som e a estética do heavy metal com álbuns como Paranoid e Black Sabbath. Sua presença de palco intensa e teatral ajudou a construir uma persona que marcou gerações.
Após deixar o Sabbath em 1978, seguiu carreira solo com sucessos como Crazy Train e Mr. Crowley, e ganhou fama por episódios polêmicos, como quando mordeu a cabeça de um morcego no palco. Apesar da imagem ligada ao ocultismo, sempre insistiu que tudo fazia parte do espetáculo. “Minha imagem não tem nada a ver com violência, é teatral, como o carnaval”, disse em sua passagem pelo Rock in Rio, em 1985.
Ozzy também enfrentou períodos turbulentos na vida pessoal. Nos anos 1980, chegou a ser preso por tentar matar sua esposa, Sharon Osbourne, durante um surto alcoólico. Superando batalhas contra vícios e doenças, o cantor lançou álbuns de sucesso, como No More Tears, pelo qual ganhou um Grammy. Ainda que tenha anunciado sua aposentadoria, seguiu fazendo shows esporádicos até o fim da vida.
O artista também se reinventou fora da música: estrelou o reality show The Osbournes, que revelou ao público a intimidade caótica e carismática da família, e lançou sua autobiografia Eu sou Ozzy. Em 1996, criou o Ozzfest, festival que revelou dezenas de bandas e virou tradição no cenário do rock pesado.
Ozzy deixa cinco filhos, três do casamento com Sharon — Kelly, Jack e Aimee — e dois do relacionamento anterior com Thelma. Sua última performance, em julho de 2025, marcou o reencontro do Black Sabbath após 20 anos, num show que agora serve como despedida definitiva de uma das figuras mais marcantes da história do rock mundial.