Ingmar Bergman era nazista e chorou a morte de Hitler, diz Stellan Skarsgård

Ingmar Bergman (Foto: Reprodução)
Ingmar Bergman (Foto: Reprodução)

O ator sueco Stellan Skarsgård fez declarações fortes sobre o diretor Ingmar Bergman durante o Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, na República Tcheca. Em entrevista, ele afirmou que o cineasta era manipulador, tinha uma visão distorcida das pessoas e chegou a chorar quando Hitler morreu. 

“Meu relacionamento complicado com Bergman tem a ver com o fato de ele não ser uma pessoa legal. Ele era um bom diretor, mas isso não impede que alguém seja um babaca. Caravaggio provavelmente também era, mas fez pinturas incríveis”, disse o ator.  

“Bergman era manipulador. Ele era nazista durante a Segunda Guerra e foi a única pessoa que conheci que chorou quando Hitler morreu. Continuávamos o desculpando, mas tenho a sensação de que ele tinha uma visão muito estranha das outras pessoas. [Ele achava] que algumas pessoas não eram dignas. Você sentia isso quando ele manipulava os outros. Ele não era legal”, finalizou Skarsgård.  

Skarsgård, conhecido por filmes como Duna, Mamma Mia e Millennium – O Homem que Não Amava as Mulheres, trabalhou com Bergman no telefilme Hustruskolan (1983).  

Ingmar Bergman é considerado um dos maiores diretores da história do cinema, conhecido por obras como O Sétimo Selo (1957), Gritos e Sussurros (1972) e Fanny e Alexander (1982). Seus filmes exploravam temas como fé, morte e relações familiares. Mesmo sem trabalhar em Hollywood, foi indicado a nove Oscars e ganhou um prêmio honorário da Academia. 

Curiosamente, um de seus filmes mais famosos, O Ovo da Serpente (1977), retrata o início do nazismo na Alemanha. Bergman morreu em 2007, aos 89 anos. 

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